Resultado da pesquisa (5)

Termo utilizado na pesquisa lrigoyen L.F.

#1 - Interstitial pneumonia in cattle fed moldy sweet potatoes (Ipomoea batatas), 23(4):161-166

Abstract in English:

ABSTRACT.- Fighera R.A., Rozza D.B., Piazer J.V., Copetti M.V., lrigoyen L.F. & Barros C.S.L. 2003. [Interstitial pneumonia in cattle fed moldy sweet potatoes (Ipomoea batatas).] Pneumonia intersticial em bovinos associada à ingestão de batata-doce (lpomoea batatas) mofada. Pesquisa Veterinária Brasileira 23(4):161-166. Depto Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, 97105- 900 Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: claudioslbarros@uol.com.br Cases of respiratory disease were diagnosed in five out of 23 cattle (21. 7%) after they wete fed moldy damaged sweet potatoes (lpomoea batatas) on a small farm in the county of São Vicente do Sul, state of Rio Grande do Sul, Brazil. Of those five cattle, three died spontaneously and another one was euthanatized for necropsy while showing advanced respiratory clinicai signs. The disease manifested itself approximately 24 hours after the ingestion of the sweet potatoes and lasted from 1 to 4 days. Clinicai signs included dyspnea (labored breathing and abdominal respiration), tachypnea, extended neck with Iow carriage of the head and rhythmical flaring of the nostrils. Two cows were necropsied. Necropsy findings included distended pale and rubbery lungs which failed to collapse when the thorax was open, and marked pulmonar interstitial emphysema and edema. Lymphoid hyperplasia was observed in the hilar nodes and spleen. Histologically, the lesions were those of interstitial pneumonia. Alveolar septa were thickened by fibroblasts and inflammatory cells, and there was hypertrophy and hyperplasia of type li pneumocytes; the interlobular septa were distended by edema and emphysema. The culture of the moldy sweet potatoes yielded Fusarium solani and Fusarium oxysporum.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Fighera R.A., Rozza D.B., Piazer J.V., Copetti M.V., lrigoyen L.F. & Barros C.S.L. 2003. [Interstitial pneumonia in cattle fed moldy sweet potatoes (Ipomoea batatas).] Pneumonia intersticial em bovinos associada à ingestão de batata-doce (lpomoea batatas) mofada. Pesquisa Veterinária Brasileira 23(4):161-166. Depto Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, 97105- 900 Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: claudioslbarros@uol.com.br Uma doença respiratória foi diagnosticada em cinco dentre 23 bovinos (21, 7%) após terem sido alimentados com batata-doce (lpomoea batatas) mofada em uma pequena propriedade rural em São Vicente do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Três dos cinco bovinos afetados morreram espontaneamente, e o quarto foi sacrificado para necropsia quando mostrava sinais clínicos respiratórios avançados. A manifestação clínica iniciara cerca de 24 horas após a ingestão das batatasdoces e a evolução clínica foi de 1 a 4 dias. Os sinais clínicos incluíam dispnéia (respiração laboriosa e abdominal), taquipnéia, pescoço estendido com cabeça baixa e dilatação ritmada das narinas. Dois bovinos foram necropsiados. Os achados de necropsia incluíam pulmões distendidos, pálidos e de consistência borrachenta, que não colapsavam quando o tórax era aberto; enfisema e edema acentuados eram evidentes no pulmão. Os linfonodos e o baço apresentavam alterações características de hiperplasia linfóide. Histologicamente, as lesões eram típicas de pneumonia intersticial. Os septos alveolares estavam espessados por fibroblastos e células inflamatórias, havia hipertrofia e hiperplasia de pneumócitos tipo II; os septos interlobulares estavam distendidos por edema e enfisema. A cultura de amostras das batatas-doces mofadas produziu Fusarium solani e F. oxysporum.


#2 - A retrospective search for bovine respiratory syncytial virus (BRSV) antigens in histological specimens by immunofluorescence and immunohistochemistry, 20(4):139-143

Abstract in English:

ABSTRACT.- Flores E.F., Weiblen R., Botton S.A., Medeiros M., lrigoyen L.F., Driemeier D., Schuch L.F. & Moraes M.S. 2000. A retrospective search for bovine respiratory syncytial virus (BRSV) antigens in histological specimens by immunofluorescence and immunohistochemistry. [Pesquisa retrospectiva de antígenos do Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV) em cortes histológicos por imunofluorescência e imunohistoquímica.] Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4): 139-143. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil. Bovine respiratory syncytial vírus (BRSV) has been only sporadically identified as a causa tive agent of respiratory disease in Brazil. This contrasts with frequent reports of clinical and histopathological findings suggestive of BRSV-associated disease. In order to examine a possible involvement of BRSV in cases of calf pneumonia, a retrospective search was performed for BRSV antigens in histological specimens submitted to veterinary diagnostic services from the states of Rio Grande do Sul and Minas Gerais. Ten out of 41 cases examined (24.4%) were positive for BRSV antigens by immunohistochemistry (IPX). Eight of these cases (19.5%) were also positive by indirect immunofluorescence (IFA), and 31 cases (75.6%) were negative in both assays. In the lungs, BRSV antigens were predominantly observed in epithelial cells of bronchioles and less frequently found in alveoli. In one case, antigens were detected only in the epithelium of the alveolar septae. The presence of antigen-positive cells was largely restricted to epithelial cells of these airways. In two cases, positive staining was also observed in cells and cellular debris in the exudate within the pulmonary airways. The clinical cases positive for BRSV antigens were observed mainly in young animals (2 to 12 month-old) from dairy herds. The main microscopic changes included bronchointerstitial pneumonia characterized by thickening of alveolar septae adjacent to airways by mononuclear cell infiltrates, and the presence of alveolar syncytial giant cells. In summary, the results demonstrate the suitability of the immunodetection of viral antigens in routinely fixed tissue specimens as a diagnostic tool for BRSV infection. Moreover, the findings provide further evidence of the importance of BRSVas a respiratory pathogen of young cattle in southeastern and southern Brazil.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Flores E.F., Weiblen R., Botton S.A., Medeiros M., lrigoyen L.F., Driemeier D., Schuch L.F. & Moraes M.S. 2000. A retrospective search for bovine respiratory syncytial virus (BRSV) antigens in histological specimens by immunofluorescence and immunohistochemistry. [Pesquisa retrospectiva de antígenos do Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV) em cortes histológicos por imunofluorescência e imunohistoquímica.] Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4): 139-143. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil. O Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV) tem sido raramente identificado como agente etiológico de doença respiratória em bovinos no Brasil. Isso contrasta com freqüentes relatos clínicos e histopatológicos sugestivos de enfermidade associada ao BRSV. Com o objetivo de investigar o possível envolvimento do BRSV em casos de pneumonia em bovinos jovens, realizou-se uma pesquisa retrospectiva para antígenos do BRSV em cortes histológicos de materiais submetidos a quatro serviços de diagnóstico nos Estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Dez entre 41 casos examinados (24,4%) foram positivos para antígenos do BRSV por imunohistoquímica (lPX). Oito desses casos (19,5%) também foram positivos por imunofluorescência (lFA) e 31 casos (75,6%) foram negativos em ambos os testes. Nos pulmões, antígenos virais foram detectados predominantemente nas células epiteliais dos bronquíolos e menos freqüentemente nos alveólos. Em um caso, antígenos virais foram detectados exclusivamente no epitélio alveolar. A presença de células positivas restringiu-se ao epitélio dessas vias aéreas. Em dois casos, antígenos virais foram detectados em células descamativas e em restos celulares no exsudato das vias aéreas. Os casos positivos para antígenos do BRSV eram oriundos principalmente de animais jovens (2 a 12 meses de idade) de rebanhos leiteiros. As principais alterações histológicas observadas foram pneumonia bronco-intersticial caracterizada por espessamento dos septos alveolares adjacentes às vias aéreas, infiltrados de células mononucleares e presença de células gigantes multinucleadas nos alveólos. Os resultados obtidos demonstram a utilidade dos métodos de detecção de antígenos em cortes histológicos para o diagnóstico da infecção pelo BRSV. Além disso, esses resultados confirmam evidências anteriores sobre a importância do BRSV como patógeno respiratório no sudeste e sul do Brasil.


#3 - Acute infection and neurological disease by bovine herpesvirus type-5 (BHV-5): Rabbits as an experimental model, 20(4):144-150

Abstract in English:

ABSTRACT.- Beltrão, N., Flores E.F., Weiblen R., Silva A.M., Roehe, P.M. & lrigoyen L.F. 2000. [Acute infection and neurological disease by bovine herpesvirus type-5 (BHV-5): Rabbits as an experimental model.] Infecção aguda e enfermidade neurológica pelo herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5): coelhos como modelo experimental. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):144-150. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105- 900 Santa Maria, RS, Brazil. Rabbits are susceptible to bovine herpesvirus type 5 (BHV-5) infection and often develop an acute and fatal neurological disease upon intranasal inoculation. The kinetics of viral infection of the central nervous system (CNS) was investigated by testing serial brain sections for infectivity at intervals after virus inoculation. The virus was first detected in the main olfactory bulb at 48h, followed by the olfactory cortex at 48/72h. At 72/96h infectivity was also detected in the trigeminal ganglia, pons and cerebral cortex. Two experiments were conducted to investigate the role of the olfactory system in the invasion of the rabbits’ CNS by BHV-5. In the first experiment, rabbits were inoculated with two BHV-5 isolates in the conjunctival sac. Rabbits inoculated by this route developed the neurological disease, yet with a reduced frequency and delayed clinical course. In a second experiment, twelve rabbits were submitted to surgical removal of the olfactory bulb and subsequently inoculated intranasally with BHV-5. Eleven out of 12 (91.6%) of the control rabbits developed the disease, against four out of 12 (33.3%) of the animals lacking the olfactory bulb. These results suggest that the olfactory system is the main pathway utilized by BHV-5 to reach the CNS of rabbits after intranasal inoculation. Nevertheless, the development of neurological infection in rabbits inoculated in the conjunctival sac and in rabbits lacking the olfactory bulb indicate that BHV- 5 may utilize an alternative route to invade the CNS, probably the sensory and autonomic fibers of the trigeminal nerve. The effects of immunization with homologous (BHV-5) and heterologous (BHV-1) strains in prevention of neurological disease by BHV-5 were investigated. Five out of 10 rabbits (50%) immunized with BHV-5 showed mild and transient neurological signs and one died upon challenge. Interestingly, the degree of protection against BHV-5 challenge was higher in rabbits immunized with BHV-1: only two rabbits showed transiente neurological signs and subsequently recovered. Thus, prevention of neurological disease by BHV-5 in rabbits may be achieved by immunization with either BHV-5 or BHV-1, likely reflecting the extensive serological cross-reactivity between these viruses. Further studies in rabbits may help in understanding the pathogenesis and immune response to BHV-5 infection.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Beltrão, N., Flores E.F., Weiblen R., Silva A.M., Roehe, P.M. & lrigoyen L.F. 2000. [Acute infection and neurological disease by bovine herpesvirus type-5 (BHV-5): Rabbits as an experimental model.] Infecção aguda e enfermidade neurológica pelo herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5): coelhos como modelo experimental. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):144-150. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105- 900 Santa Maria, RS, Brazil. Coelhos são susceptíveis à infecção pelo herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) e freqüentemente desenvolvem enfermidade neurológica aguda fatal após inoculação intranasal. A cinética da invasão do sistema nervoso central (SNC) de coelhos pelo BHV-5 foi estudada através de pesquisa de vírus em secções do SNC a diferentes intervalos pósinoculação. Após inoculação intranasal, o vírus foi inicialmente detectado no bulbo olfatório às 48h, seguido do córtex olfatório às 48/72h. Às 72/96h o vírus foi detectado também no gânglio trigêmeo, ponte e córtex cerebral. Dois experimentos foram realizados para avaliar a importância do sistema olfatório na invasão do SNC de coelhos pelo BHV-5. No primeiro experimento, coelhos foram inoculados com duas amostras do BHV-5 no saco conjuntival. Coelhos inoculados por essa via também desenvolveram a enfermidade neurológica, porém com menor freqüência com curso clínico tardio. No segundo experimento, doze coelhos foram submetidos à ablação cirúrgica do bulbo olfatório e posteriormente inoculados com o BHV-5 pela via intranasal. Onze de 12 coelhos controle (91,6%), não submetidos à cirurgia, desenvolveram a doença neurológica, contra quatro de 12 (33,3%) dos animais submetidos à remoção cirúrgica do bulbo olfatório. Esses resultados demonstram que o sistema olfatório constitui-se na principal via de acesso do BHV-5 ao encéfalo de coelhos após inoculação intranasal. No entanto, o desenvolvimento de infecção neurológica em coelhos inoculados pela via conjuntival e em coelhos sem o bulbo olfatório indica que o BHV-5 pode utilizar outras vias para invadir o SNC, provavelmente as. fibras sensoriais e autonômicas que compõe o nervo trigêmeo. Os efeitos da imunização com vírus homólogo (BHV-5) e heterólogo (BHV-1) na proteção à infecção neurológica foram investigados. Cinco entre 10 coelhos (50%) imunizados com o BHV-5 apresentaram sinais neurológicos discretos e transitórios e um morreu após o desafio com o BHV-5. Curiosamente, o grau de proteção foi superior nos coelhos imunizados com o BHV-1: apenas dois animais apresentaram sinais clínicos passageiros e recuperaram-se. Portanto, proteção da enfermidade neurológica pelo BHV-5 em coelhos pode ser obtida por imunização com o BHV-5 ou BHV-1, provavelmente devido à extensa reatividade sorológica cruzada entre esses vírus. Estudos adicionais em coelhos podem auxiliar no esclarecimento da patogênese e resposta imunológica a infecção pelo BHV-5.


#4 - Experimental poisoning by Phalaris angusta (Gramineae) in cattle., 19(3/4):116-122

Abstract in English:

ABSTRACT.- Sousa R.S. & lrigoyen L.F. 1999. [Experimental poisoning by Phalaris angusta (Gramineae) in cattle.] Intoxicação experimental por Phalaris angusta (Gramineae) em bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 19(3/4):116-122. Depto Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil. To investigate the effects of the ingestion of different amounts of Phalaris angusta, eight 6-8-month-old calves were assigned to four treatment groups. Group I calves were fed only P. angusta. Group II calves were feda mixture of 75 % of P. angusta and 25% of oat (Avena sativa) and ryegrass (Lolium multiflorum), whereas group III calves received a mixture of 50% of P.angusta and 50% of oat and ryegrass. Group IV calves received only oat and ryegrass and served as contras. P. angusta was toxic for calves. One group I calf died 34 days after the beginning of the ingestion of the plant, and the other calves were euthanatized in extremis 18 to 32 days after de beginning of the experiment. The main clinical signs were locomotor disorders, generalized tremors, frequent falis, and convulsions. Gross findings were confined to the brain and consisted of focal areas of green-bluish discoloration in the thalamus, mesencephalon, and medulla oblongata. Microscopic lesions were characterized by the presence of a intracytoplasmic yellow-brown indole-like pigment in neurons from grossly affected areas. Ultrastructural changes consisted of swollen lysosomes containing membranous material with variable orientation and density. The amount of ingested P. angusta was not a determinant factor for the severity of clinical signs and lesions. The extension of gross and microscopic lesions was not directly related with the intensity of the clinical signs. P. angusta was exclusively neurotoxic and should be considered as a differential diagnosis in cases of neurological disease of cattle with clinical signs consistent with tremorgenic syndrome.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Sousa R.S. & lrigoyen L.F. 1999. [Experimental poisoning by Phalaris angusta (Gramineae) in cattle.] Intoxicação experimental por Phalaris angusta (Gramineae) em bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 19(3/4):116-122. Depto Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil. Para investigar os efeitos da ingestão de diferentes quantidades da planta Phalaris angusta em bovinos, oito bezerros, com idade variando entre 6-8 meses, foram divididos em 4 grupos com 2 animais cada. Os animais do grupo I receberam somente P. angusta na alimentação, enquanto que os animais do grupo II receberam P. angusta (75%), aveia (Avena sativa) e azevém (Lolium multiflorum) (25%). Os animais do grupo III receberam P. angusta (50%), aveia e azevém (50%) e os animais do grupo IV receberam somente aveia e azevém e serviram como controles. Todos os animais que ingeriram P. angusta adoeceram. Um animal do grupo I morreu 34 dias após o início da ingestão da planta e os outros animais foram sacrificados, in extremis, em um período que variou de 18 a 32 dias após o início do experimento. Os principais sinais clínicos observados foram alterações de locomoção, tremores generalizados, quedas e crises convulsivas. Alterações macroscópicas foram observadas apenas no encéfalo e eram caracterizadas por focos de coloração verde-azulada no tálamo, mesencéfalo e medula oblonga. Microscopicamente observou-se pigmento granular marrom-amarelado no citoplasma de neurônios das regiões macroscopicamente afetadas. Alterações ultra-estruturais consistiram de lisossomos contendo material com densidade e orientação variáveis. A quantidade de P. angusta ingerida não foi um fator determinante na gravidade do quadro clínico, nem na intensidade das lesões observadas. A intensidade dos sinais clínicos também não teve uma relação direta com a severidade das lesões macro e microscópicas. Phalaris angusta demonstrou ter ação exclusivamente neurotóxica e deve ser considerada no diagnóstico diferencial em casos de animais com sinais clínicos de origem nervosa, consistentes com síndrome tremorgênica.


#5 - Acute and Iatent infection in sheep inoculated with bovine herpesvirus type-5 (BHV-5), 18(3/4):99-106

Abstract in English:

ABSTRACT.- Silva A.M., Flores E.F., Weiblen R., Botton S.A., lrigoyen L.F., Roehe P.M., Brum M.C.S. & Canto M.C. 1998. [Acute and Iatent infection in sheep inoculated with bovine herpesvirus type-5 (BHV-5).] Infecção aguda e latente em ovinos inoculados com o herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5). Pesquisa Veterinária Brasileira 18(3/4):99-106. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97015-900 Santa Maria, RS, Brazil. Experimental inoculation of lambs with bovine herpesvirus type 5 (BHV-5) reproduced several aspects of the BHV-5 infection in cattle. lntranasal inoculation was followed by eficiente viral replication and shedding, establishment and reactivation of latency, and even the development of meningoencephalitis in one animal. Lambs inoculated with the brazilian is o late EVl-88 showed transient hipertermia, nasal hiperemia and discharge ranging from serous to muco purulent. The animals shed virus in nasal secretions in titers up to 107,11 TCID50/ml during up to 16 days. One lamb showed clinical signs of encephalitis on day 10 post inoculation (pi), being euthanized in extremis on day 13. lnfectious vírus was recovered from severa) áreas of the brain of this lamb, including anterior and posterior cerebrum, dorso- and ventro-lateral hemisphere, cerebellum, pons, midbrain and olfactory bulb. Histological changes were observed in severa) regions of the brain, most consistently in the anterior cerebrum, ventrolateral cortex and midbrain, and consisted mainly of meningitis, perivascular mononuclear cuffing, focal gliosis, neuronal necrosis and intranuclear inclusions. Four lambs used as sentinels acquired the infection and shed virus starting at the 2nd day pi during up to 7 days. Lambs inoculated with the argentinian isolate A663 showed only mild respiratory signs, although they shed virus for up to 15 days. Administration of dexamethazone to the animals starting at day 50 pi was followed by reactivation of the latent infection and viral shedding during up to 11 days by 76.9% (10/13) of the inoculated lambs and 100% (3/3) of the sentinels. These results demonstrate that sheep are susceptible to BHV-5 acute and latent infection and suggest that natural infections by this virus in sheep may potentially occur. ln this sense, a possible role of this species in the epidemiology of BHV-5 infections awaits further investigation.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Silva A.M., Flores E.F., Weiblen R., Botton S.A., lrigoyen L.F., Roehe P.M., Brum M.C.S. & Canto M.C. 1998. [Acute and Iatent infection in sheep inoculated with bovine herpesvirus type-5 (BHV-5).] Infecção aguda e latente em ovinos inoculados com o herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5). Pesquisa Veterinária Brasileira 18(3/4):99-106. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97015-900 Santa Maria, RS, Brazil. Infecção experimental de ovinos com o herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) reproduziu vários aspectos da infecção pelo BHV-5 em bovinos. Inoculação intranasal foi seguida de extensiva replicação virai na cavidade nasal, excreção e transmissão do vírus a outros. animais, estabelecimento e reativação de latência, e o desenvolvimento de meningoencefalite clínica em um animal. Ovinos inoculados com a amostra brasi- leira EVl-88 apresentaram hipertermia transitória, hiperemia da mucosa nasal e corrimento nasal de seroso a muco-purulento. Os animais eliminaram vírus em secreções nasais em títulos de até 107,11 DICC50/ml por até 16 dias. Um cordeiro apresentou sinais clínicos de encefalite no dia 10 pósinoculação, sendo sacrificado in extremis no início do dia 13. Infectividade foi detectada em várias regiões do encéfalo des: se animal, incluindo os hemisférios anterior e posterior, córtex orso- e ventro-lateral, ponte, pedúnculo cerebral, cerebelo e bulbo olfatório. Alterações histológicas foram observadas em várias regiões do encéfalo, principalmente no hemisfério anterior, córtex ventro-lateral e pedúnculos cerebrais, e consistiram de meningite mononuclear, manguitos perivasculares, gliose focal, necrose e inclusões intranucleares em neurônios. Quatro ovinos mantidos como sentinelas adquiriram a infecção e eliminaram vírus a partir do final do segundo dia, até 7 dias. Ovinos inoculados com a amostra argentina A663 apresentaram apenas hiperemia e umidecimento da mucosa nasal, embora eliminassem vírus nas secreções nasais por até 15 dias. Tratamento dos animais com dexametasona a partir do dia 50 pós-inoculação provocou reativação da infecção latente e eliminação viral durante até 11 dias por 76,9% (10/13) dos animais inoculados e por 100% (3/3) dos animais sentinela. Esses resultados·demonstram que ovinos são susceptíveis à infecção aguda e latente pelo BHV-5 e sugerem que infecções naturais de ovinos por este vírus podem potencialmente ocorrer. Ness sentido, uma possível participação da espécie ovina como reservatório natural desse vírus deve ser melhor investigada.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV